Um belo dia você acorda e se pergunta o que
quer fazer/ser da vida. Aí você se depara com sua realidade e percebe que está
onde não gostaria de estar, ou no mínimo há alguns anos atrás não planejaria
estar aqui.
Não sei se isso faz parte da crise dos
trinta, se é a fase da indagação humana “de onde eu vim, pra onde vou?”, ou o
que realmente é.
Me pergunto se é tarde pra tentar viver
alguns dos sonhos da adolescência, de viajar o mundo, ou ao menos parte dele,
de aprender vários idiomas, de ter mais experiências do que coisas, de arriscar
mais e sentir a adrenalina pulsando.
Mas também me questiono se não é cedo demais
pra “desistir” do que me tornei e do que planejei para os próximos anos. Ter
uma casa, uma família.
Acredito que aquela pergunta que nos fazem
durante a infância “o que você quer ser quando crescer?” pode perseguir muitas
pessoas durante muito tempo. Isso acontece comigo, mas não é de agora. Essa
vontade de querer ser mais, de querer viver, de ter sede de fazer tudo e tudo
ao mesmo tempo, pra ontem.
Vai ver é o mal do século. Vai ver eu não sou
a louca, mas sim o ser humano da minha idade nessa sociedade maluca mesmo.