Depois de um final de semana vendo algumas
publicações que particularmente me cansaram, resolvi falar sobre a minha
opinião sobre alguns assuntos.
Sou jornalista que no momento não trabalha na
área de formação, mas nem por isso deixo de ler, descobrir, pensar ou trocar
ideias com meus amigos sobre alguns assuntos. Nem por isso também eu sou a
doida do Twitter, que sabe de todas as trends do momento, de todos os memes que
viralizaram, de absolutamente tudo que está na boca (no melhor, no dedo) do
povo.
Apesar de ter 31 anos, acabo sendo um pouco
quadrada (ou seria arcaica?) em relação a algumas coisas, não que eu seja uma
ignorante do caramba, mas minha opinião difere de algumas maiorias na maioria
das vezes.
Para começar o título dessa crônica tem
exatamente o pensamento que tive quando levantei hoje. Para mim o mundo ficou
chato e insuportável em vários aspectos. Sou completamente contra injustiças
independente de quais sejam, sou completamente a favor de cada um ter o seu
direito exercido, afinal de contas “se fulano tem, eu também tenho”, e aqui
entra aquela frase “a sua liberdade termina quando a minha começa”, ou o famoso
“cada um no seu quadrado”, como diria uma certa música aí.
Vou tentar evitar me aprofundar no fato de
que cada um tem que cuidar da sua vida, mas vamos para a minha análise sobre
algumas coisas.
Preconceito todo mundo tem em relação a tudo,
como o próprio nome diz é um pré-conceito, é uma opinião que temos antes de
conhecer sobre determinado assunto, pessoa, situação... O preconceito é
tolerável a partir do momento que ele fique na nossa cabeça, até mesmo porque
podemos acreditar em alguma coisa e depois mudar de opinião, mas quando esse
preconceito prejudica o próximo aí o direito e a liberdade de expressão acabam
e começa o dever de ficar de boca fechada.
Veja bem, quero deixar claro que sou a favor
do direito de cada um ter uma opinião própria e defendê-la, mas também exercer
o dever de não ferir ou prejudicar o próximo. Não suporto gente ignorante, e
nem falo de gente sem acesso à informação ou coisa do tipo (que muitas vezes é
ocasionada pela preguiça ou pela própria ignorância de saber mais sobre um
assunto), mas de gente que tem o conhecimento, que tem noção, e opta gritar aos
quatro ventos essa opinião ridícula.
Então vamos ao foco da minha opinião. Sou
contra as pessoas mais velhas, já vividas, que tem o seu preconceito ridículo
em um casulo dentro de si, e toda oportunidade que tem abre a boca pra falar
besteira, pra julgar, dando sua opinião de forma ignorante porque só quer
falar, mas não sabe e não quer ouvir o próximo, deixando bem claro que para
ele, ele é o certo dessa história mesmo sendo ridículo.
Infelizmente meu pai é uma dessas pessoas, e
já cansei de brigar com ele por causa disso, já cansei de falar que a opinião
dele não é da conta de ninguém e que a vida do outro não é obrigação dele
cuidar, que cada um tem a sua vida e que ele precisa pensar antes de falar e,
dependendo do assunto, é melhor ele ficar de boca fechada já que só sai
besteira.
Aí, no meio de uma e outra brincadeira,
afinal de contas ele sempre foi muito piadista (hoje em dia, inclusive, ficou
bem chato, porque quanto mais velho fica, mais quer chamar a atenção, e as
piadas são péssimas!), acaba saindo as verdades que ele acredita serem certas.
Que ele é preconceituoso eu sei desde criança, mas não vem falar besteira perto
de mim não porque eu vou defender com unhas e dentes os “acusados” pela língua
frouxa dele e mandar ele “calar a boca”.
Como disse, não aceito injustiça, e da mesma
forma que todo ser humano tem direitos existem os deveres, que ninguém
“lembra”, ou faz de conta que esquece pra poder fazer o que bem entende. São
coisas óbvias para um bem geral da humanidade que todo ser humano deveria
aprender a partir do momento que respira fora do útero da mãe!
Eu sei que ninguém é perfeito, que eu também
tenho os meus preconceitos, mas nem por isso eu saio gritando aos quatro ventos
sobre a visão de determinadas coisas ou pessoas que eu não concordo, defendo a
minha opinião, tento compreender porque penso de tal forma, mas nem por isso
quando abro a minha boca é pra prejudicar o outro com isso, ao contrário do meu
pai e de muita gente que tem uma opinião formada com base em um único acontecimento
e que acaba generalizando e criando esse preconceito ridículo em torno de uma
cor, de uma etnia, de uma religião, de um formato de corpo ou de uma opção
sexual.
Se você tem o direito de falar e existe a
liberdade de expressão, o outro também tem. Então pense antes de falar, eu sei
que muitas coisas hoje são diferentes de vinte ou trinta anos atrás, que o
mundo realmente ficou mais chato e um pé no saco em relação a muitas coisas,
mas prejudicar o próximo é errado desde que o mundo é mundo e sempre vai ser
assim.
Por isso, se você não pode ajudar, pelo menos
tenha a consciência de não ferir o outro, principalmente porque as palavras tem
muita força. Debater é saudável, trocar ideia com outras pessoas é saudável, o
que não é aceitável é você se sentir o “senhor da razão” e impor que todo mundo
concorde com você.
Então, terminando a minha opinião e momento
de revolta, lembre-se que da mesma forma que você tem direitos, o outro também
tem, e que os seus terminam quando os do outro começa e que, da mesma forma que
existem os direitos, tem os deveres e eles também são essenciais para uma boa
convivência humana.